por algo diferente, simplesmente de mim
Nada encontrei senão mais raiva de ser assim
e de te tentar procurar por horas a fio, horas sem fim
Encontrei-me mais tarde, já desfeito...
pela mordaz, pungente e ruinosa, falta do ser
embrenhado em sórdidas mágoas,
Já pouco ou nada havia a fazer...
Mas continuava... vagueava por becos, e ruelas onde nada se conhecia
transtornado, confuso, atordido e mais tarde desorientado
Era eu um ser inolvidado antes, possivelmente antes de ser dia
Porque agora já nem eu me reconhecia
Mais tarde, horas sem fim mais tarde...
Olhava o meu rosto refletido na água
Essa tao impura, e à minha semelhança triste...
Água que naquele cada vez mais pobre rio existe
Olhava-a enquanto ela no seu silencio e com a sua calma
Me explicava de forma simples e quase maravilhada
que eu simplesmente perdera a alma...
dei-a ao sentimento, que com ela fugiu
Apresentei-a ao pensamento, que com ela se despiu
Mostrei-a ao amor que com ela dormiu
Desprezei-a, e dei-a a todos e todos esses...E ela partiu
No final apenas soube que a perdi
E que com ela um pouco de mim tambem esqueci
Algures num tempo que não senti
Algures longe daqui...
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