que se acabou a restia que tinha de energia
sobra-me o tao habitual e malfadado cansaço
canso-me do amuo e do amaço
do que sei e do que faço
acho que nunca me senti tão perdido
se é que alguma vez hei-de me ter encontrado
dou-me por esquecido e não achado.
tenho pena de ter assim seguido
não posso já fugir, à responsabiliade
da atitude e do mal que faço
são parte da vida, e em particular
do aperto desta maldade
Em volta tudo tem a mesma cor, sem tom
sem relevo ou sombra, ou forma delineada
sem cheiro sequer aroma nem som
uma vida de como um copo esvaziada,
um inferno diferente, um jazigo, uma campa imaculada
morri ontem, mas amanha hei-de renascer!
como uma fenix, da cinza costuma fazer,
um novo ser que eu tanto preciso
mas o problema de qualquer fenix nada tem a ver com morrer
a pobre está queimada, do juizo....
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