terça-feira, janeiro 25, 2011

V2

Que longo curso, tomam esses poemas dispersos?
Feitos de meios bons, meios pensamentos
Metades de estrofes em quartos de versos,
Meios de quartos, oitavos são de meros sentimentos

Esqueci-me que os tive, que os pensei
no longo curso que não recordo, já não o sei...
creio que era caminho fugidio, e traiçoeiro
de correntes fortes, afundava qualquer marinheiro

A memoria, nem sempre me leva tão longe, tão distante...
deixa-me à beira de meandros de frases quase líricas
De gosto trágico, funesto, amargurado, irritado e irritante
ficam versos e estrofes, imperfeitas, magras, anorécticas...
bem sei do que falo, irritado...Sigo na corrente, meia inconstante...


E depois quando em vez, roubo-os, a alguém
E em seguida deixo-me roubar por ninguém
Perco-os a todos... Voam-me do bolso roto...
Outros nunca tive, nunca me caíram no goto.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

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que longo curso, tomam esses poemas dispersos?
feitos de meios bons, meios pensamentos
metades de estrofes em quartos de versos,
meios são também os sentimentos.