quinta-feira, junho 30, 2005

Dokaka - A música do futuro

Epá despois de ouvir As manhãs da 3, na Antena 3 em especial a rubrica Há Vida em Markl não posso deixar de partilhar com os escassos leitores deste blog a grande música Underneath Your Clothes, esta interpretada pelo grande sr. DOKAKA....apreciem

Fica aqui o link directo para o local no site oficial do Sr. Dokaka para que possam fazer download das suas belas musicas :)


Dokaka Sounds

O antigamente e o agora... Posted by Hello

P'ra onde vai

Mais uma vida jogada fora
um coração que já não bate mais, descanse em paz
sonhos que vão embora, antes da hora
sonhos que ficam pra trás


(refrão)
Pra onde vai você?
pra onde vai?
pra onde vai o sol quando a noite cai?


E agora? a dor é do tamanho de um prédio
A casa sem ele vai ser um tédio
não tem remédio, não tem explicação, não tem volta
os amigos não aceitam, o irmão se revolta
a família não acredita no que aconteceu
ninguém consegue entender porque o garoto morreu
tiraram da gente um jovem tão inocente
a sua avó que era crente hoje tem raiva de Deus
o seu pai ficou mais velho, mais sério, mais triste
e a mãe, simplesmente não resiste
além do filho, perdeu seu amor pela vida
e a nora, agora tem tendências suicidas
é a namoradinha com quem sonhava se casar
todo mundo toda hora tem vontadde de chorar
quando se lembram dos planos que o garoto fazia
ele dizia: "eu quero ser alguém um dia"
sohava com o futuro desde menino, ninguém podia imaginar o seu destino
mais uma vítima de um mundo violento
se Deus é justo, então quem fez o julgamento?


(refrão)


Por que um jovem que vivia sorridente
perde sua vida assim tão de repente?
logo um cara que adrava viver
realmente é impossível entender
e nenhuma resposta vai ser capaz de trazer de novo a paz à família do rapaz
nunca mais suas vidas serão como antes
e eles olham seu retrato na estante
aquele brilho no olhar e o jeitão de criança
agora não passam de uma lembrança
e a esperança de que ele esteja bem, seja onde for, não dimini o vazio que ele deixou
é insurpotável quando chega seu aniversário
e as suas roupas no armário parecem esperar que ele volte de surpresa
pra ocupar o seu lugar vazio à mesa
a tristeza às vezes é tão forte
que é mais fácil fingir que não houve morte
porque sempre que ele chega pra matar as saudades
ele vem com aquela cara de felicidade
alegrando os sonhos e querendo dizer
que a sua alma nunca vai envelhecer
e que sofrer não é a solução
é melhor anter acesa uma chama no coração
e a certeza na mente
de que um dia se encontrarão novamente



Hoje na noite...Ouvi esta bela música de Gabriel O Pensador, intitulada "P'ra Onde vai" aconselho a todos.

(infelizmente não consegui arranjar um local para fazer o down load)

DO FUNDO DE UM SER



De um ser, a alma fugiu.
E no papel de repente surgiu,
algo bonito,
algo diferente,
algo triste e ao mesmo tempo sorridente.
E como uma flor, num dia primaveril floresceu.
E como uma criança, ao longo do tempo Cresceu.

E como se de um romance se tratasse
Ele apaixonou-se
Pela tristeza a que se habituou.
Pelo sofrimento, que o acostumou.
E por fim, pelo amor, que nunca Chegou.

Em dias cinzentos,
Em dias tristes,
Em momentos agressivos,
Em minutos depressivos,
Ele libertou-se.
Ele apaixonou-se.
Ele viveu.
Ele escreveu.
Sem saber,
Sem tentar perceber,
Ele amou, o que nunca pode ser!
(na altura em que havia o combustivel da escrita em mim...mas ele há-de voltar quando melhores momentos, quando melhores anos voltarem)

quarta-feira, junho 29, 2005

Correntes passadas, Correntes presentes

Apetecia-me encostar
A um canto e chorar
Chorar por mim mesmo
Pela pobreza a que cheguei
Pela insatisfaçao que encontrei

Houve Alturas em que poeta fui considerado
Outras em que era um artista
Um rapaz altruista,
Um desenhador, um sonhador
E agora resta-me apenas o que foi criado
Resta-me pouco enfim
Apenas a dor que sinto por mim

Os sonhos nao sao tao fluentes
As palavras pronunciadas
deixaram de ser igualmente eloquentes
A corrente que me levava estagnou
Num tempo de aguas passadas
Num momento que o tempo levou

E aqui me encontro, nao num zero inicial,
Um ponto de partida,
Mas sim noutro num final
Que me deixa assim sem prazer na vida…

( e agora enquanto a vontade e o querer fazer não voltar, ficarei quieto...Um pouco à velha imagem da criação do Alentejo: "E Deus disse : "Não façam nada até eu voltar" e eles ainda estão à espera. Tenho esperança que não demore tanto tempo, mas...nunca se sabe)

terça-feira, junho 28, 2005

Escolha dificil...















Tudo começou com uma simples troca de música no blog, e depois de algumas limitações tecnicas e de 4 horas perdidas a tentar encontrar algo que gostasse e que se pudesse enquadrar com o leitor (eu sei que ainda há...Bem escondidos e completamente anonimos, mas ainda há) deste blog.
Já agora fica aqui uma pequena amostra das possiveis musicas:

Emerson Lake - Karn Evil 9*

Smoke City - Underwater Love**

De-Phazz - No Jive*

Divine Comedy - Lost Property*

Metallica - Ecstasy of gold*

Metallica - The Unforgiven**

Hooverphonic - Eden**

Hooverphonic - Someone

Idol - Eyes Without a Face*

etc...
Legenda:
*-site oficial
**-down load da música

Porque a noite está a chegar ao fim

Porque esta noite como tantas outras chega ao fim e um novo dia começa mas, antes que ela acabe e porque hoje cada vez mais me identifico com este poema aqui fica.

Silêncio
_____________________________________
Uma Da manhã
toda uma cidade adormecida
e eu irado, ainda acordado
tomo por vencida a noite fria.
---
Duas da manhã
escuto a tua voz calma
a calmar a minha dor
adormecer a minha alma.
---
Três da manhã
só o som do teu silêncio se mantem
é ele que me mantem acordado
tudo o que não diz eu escuto
---
já não estou irado
estou mudo e cansado
mas escuto
---
O teu silêncio...
Poema por: João Gonçalves
Mais uma vez aqui fica em nome do people de Castelo Branco, este é realmente a pensar em vocês os dois :)
Fikem bem e vejam se algum dia aparecem por cá por casa :p

A Água

Meus senhores eu sou a água
que lava a cara, que lava os olhos
que lava a rata e os entrefolhos
que lava a nabiça e os agriões
que lava a piça e os colhões
que lava as damas e o que está vago
pois lava as mamas e por onde cago.

Meus senhores aqui está a água
que rega a salsa e o rabanete
que lava a língua a quem faz minete
que lava o chibo mesmo da rasca
tira o cheiro a bacalhau da lasca
que bebe o homem que bebe o cão
que lava a cona e o berbigão

Meus senhores aqui está a água
que lava os olhos e os grelinhos
que lava a cona e os paninhos
que lava o sangue das grandes lutas
que lava sérias e lava putas
apaga o lume e o borralho
e que lava as guelras ao caralho

Meus senhores aqui está a água
que rega as rosas e os manjericos
que lava o bidé, lava penicos
tira mau cheiro das algibeiras
dá de beber às fressureiras
lava a tromba a qualquer fantoche e
lava a boca depois de um broche.

de Manuel Maria du Bocage

Setúbalense como não houve outro.

Duas... ou três lições importantes


Lição nº1
Tomem atenção a este post e aprendam como não escrever
Lição nº2
Ainda com um olho no post...Aprendam como não se deve desenhar (ou pelo menos colocar aqui um post após muito tempo sem desenhar!)
Lição nº3
Reparei agora que eu próprio nao consigo lêr o que está escrito no post, ou seja mais uma lição importante, aprendam com outra pessoa a colocar posts na net...comigo definitivamente não se aprende nada de proveitoso
(já agora o texto é quase isto:
"Chora meu amor,
porque a ausência te faz sentir
triste e culpado,
porque a chuva não tem pressa em partir
porque a desilusão para ti não tem presente,
ou sequer passado,
porque no fundo o amor é apenas mais um pecado."


Só aqui o coloquei para que possam vêr como não se deve escrever :p)

Fazendo um apanhado final, a pouca qualidade que este blog alguma vez poderia vir a ter, fugiu quando aqui coloquei este post... Posted by Hello

segunda-feira, junho 27, 2005

Para a frente, para cima...


porque muitas vezes mais vale olhar para o céu em procura de paz, para que possamos esquecer a raiva que cresce dentro de nós. Posted by Hello

sexta-feira, junho 24, 2005

Parabéns! lol

Pois é faz hoje 24 de Junho, 3 meses desde que foi criado este triste e pobre blog, talvez em vez de parabens eu devesse rever o dicionário à procura do antonimo desta palavra.
lol

A falar mais a sério 3 meses, no ultimo em especial muita falta de inspiração que me obrigou a ir às reservas de poemas. Talvez o remedio passe por me afastar um pouco da vida que tenho hoje para que possa voltar a encontrar um rumo, uma inspiração!
São três meses e embora as visitas sejam francamente poucas, isso pouco me interessa porque cada vez mais sinceramente goste deste pequeno blog.

Agora reparo que hoje é mesmo dia de festa no blog...Qualquer coisa como 3 posts...Uhh penso que é record absoluto! :)

Á espera de mais inspiração para continuar este blog
Ruben Salazar

Ainda em relaçao ao post anterior

É estranho mas sempre que me lembro de um poema que nao seja tristonho lembro-me deste (com a respectiva musica de Zeca Afonso):


Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.

Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.

Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.

Luís de Camões

PS- ainda me lembro de quando este poema fazia um genero de anuncio, talvez mais uma divulgação em relação aos incendios!

Lamurio da mente e da vontade

E ela volta nos dias em que o céu fica perturbado
Com tal veemência
Com tal dor, quando ela volta,
Essa estranha vontade do passado
Essa tão mística solidão solta
Uma enorme carência
Numa triste e desolada aparência
Quem sou? Sem o desejo alarmado
De tanto querer outra vez ser amado!

Só…isolado de tantos, isolado de todos
Findarei, sem nunca voltar a cruzar-me com tal acontecimento
Talvez apenas a solidão e o carpido lamento me acompanharão
Talvez, sozinho não seja má solução
Quem sabe ainda me venha a comover por tal sentimento

Excomungado seja por querer, sem saber no que acredito
Ora solidão, ora o mundo num só grito
Bipolaridade da razão da mente que não cessa que não clamará basta
Por um minuto, um momento que seja, de mim não se afasta
Deixai-me só…Que só afinal quero ficar
Sem a mente, a solidão, o desejo, ou sequer o raio da razão
Deixai-me só…Que só afinal quero estar!





PS- Um dia hei-de conseguir fazer um poema que nao fale de tristeza, que seja diferente dos que faço e fiz até hoje! E isto é uma promessa que faço a mim mesmo.

Vanilla Sky


A vida realmente é um amargo com pequenos condimentos de doçura.
Vanilla Sky, o filme que pos musica neste blog! Posted by Hello

PS- Vanilla Sky...Thak you Ricardo for the recomendation when I was buying the DVD

terça-feira, junho 21, 2005

A falta de inspiração é muito grande....Ainda me Lembro porque o fiz :D


Faz tempo que o fiz, e foi dedicado aos dois Pares que muito prezo em CASTELO BRANCO!
Aos quais muito devo e aos quais não posso alguma vez retribuir aquilo que fizeram por mim, ainda assim MUITO OBRIGADO :D

(Em especial e para dar um cadito de força para que eles venham cá abaixo dedico-o...eles sabem a quem :D)

sexta-feira, junho 17, 2005

Chorar...

Escorrem dos olhos sem que as possa interpelar
São ainda de um amor
Que não consigo evitar
Por mais que queira, o pensamento
Acaba sempre por lá chegar
A esse já triste e pobre sentimento.
São as lágrimas que restam da dor,
Dessa tão estranha forma de amar
E que agora tanto lamento.
Flúem humedecendo o rosto deserto
Rolam com um ritmo incerto
Com o seu triste aspecto vão aparecendo,
E como aranhas a sua teia vão tecendo
Que desce dos olhos, abatendo-se por toda a face
Caindo por fim num mar onde talvez cada uma se afundasse
E me deixasse então assim esquecer,
Esse amor que agora, dessa forma me faz sofrer,
Seria então assim a chorar
Que dessa forte agonia me iria desamarrar.

sexta-feira, junho 10, 2005

Tempo....

Já vai longo o tempo desde a ultima vez que aqui coloquei o meu ultimo poema... Infelizmente a falta de inspiração tem-se mantido, ainda assim e visto que já há muito tempo que cá não escrevo nada, vou ao arquivo do pc procurar por algo para colocar aqui :)


A Máquina Incessante


Sozinho na noite
Clamo por mim ás escuras
Interrogando-me onde foi que me tornei assim?
Quando é que isso aconteceu?
Não dei conta
Talvez o efeito seja o mesmo de quando
Antigamente me entretia,
Sem ver o tempo passar
Na verdade transformei-me tanto
Que me tornei estranho a mim mesmo.

Realmente posso comprovar agora,
Que o tempo é a máquina incessante
E quando não damos pelo seu laborar
Nos tornamos muitas vezes
No que combatemos durante tanto tempo,
Transformamo-nos, sem que por vezes nada mude,
E ainda assim tudo possa ser diferente,

Contudo se nos preocupamos com o passar do tempo
Não nos conseguimos erguer do mundo triste
Que a tantos acompanha a toda a hora,
Não vemos mais nada, se não a tentativa de o findar
Sem que sequer possamos vislumbrar que quem finda somos nós e não ele!