quarta-feira, fevereiro 25, 2009

cansado

Mais um segundo passou
No relógio que me assombra no seu bater
E o sentido ainda não despontou

Mais um minuto a caminho de enlouquecer!
Sem que tivesse sequer desviado o olhar
O tempo não pára nem nos deixa sossegar

Chegam as horas, e o tempo de me animar
Já não tenho porque temer, nem porque chorar
A vida continua ao seu ritmo parando a cada impulso

Passam dias sem pressa e ainda assim a correr
passam semanas sem que saiba o que realmente querer
Sequer sei porventura o que hei-de fazer

Um ano já passou
Desde que comecei a escrever
E não alterei quem sou
Também não descobri que quero ser
Continuo à deriva, sem rumo e sem caminho
Sem ainda saber para onde vou
Sei apenas que não andarei sozinho

outro tempo mais vasto passou
E as preocupações não deixaram de me atormentar
e o tempo não deixou de me tentar a cada passo matar
mas mesmo com tanto tempo, o tempo não me ultrapassou
porque no fundo eu sou feito de tempo
e nem eu conheço quem sou.

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Esquecimento vicio, defeito ou doença?

O esquecimento é doença ou talvez defeito, sempre dolorosamente sentido!
Verdade, que não doi quando irremediavelmente se esquece,
mas simplesmente quando alguem se lembra do esquecido
eis senão quando toda a desgraça acontece!

E o pobre do cronico esquecido
em muito pouco tempo embrutece
quando todos lhe ditam ao ouvido
Isto e aquilo "Francamente nunca se esquece!"

nos dias que correm de tudo eu me esqueço
e muito sinceramente não sei se tal castigo mereço!
para terem uma ideia, eu esqueço-me mais vulgarmente do lembrar
eu esqueço-me do que tenho feito e ate do que tenho para fazer

esqueço isto e aquilo, esqueço o mundo e o pensar
por vezes até me esqueço meramente de esquecer
hoje por exemplo esqueci-me de dormir, mas nada o fazia prever
para não falar quando esqueço que o tempo não tem sitio onde parar
e perco horas perdido, a esquecer as horas a passar
Involuntariamente infelizmente até forçosamente ja me estava a esquecer...
quando o pior acontece e me esqueço simplesmente de viver

terça-feira, fevereiro 10, 2009

Estado...

quem me dera como o ceu conseguir fazer
e num momento simplesmente poder desabar
pois no sitio onde me encontro ninguem me pode ajudar
mas algo mais forte que eu, tal impede de acontecer

para mim o tempo perdeu o seu significado
o meu cerebro desacelarou a sua velocidade
e não voltara tao depressa por sua vontade
nao sei mais que faça, sinto-me amaldiçoado

e nesta solidão em que me encontro perdido
complemento apenas a paisagem com outro vazio
e na desolação invento, na ruina até o choro aluvio

tento à minha regularidade regressar
e nas tarefas rutineiras tento-me acalmar
mas nem o pranto ou seque a saudade se têm esbatido

...Avós

choro convulsivo e desabrido
Que as lágrimas nem deixas sair
triste sentimento de culpa ou apenas de sentir
até a memoria foge, em momento tao sentido

A cada meu suspiro, a cada meu pesar,
recordo-te em vida
que a morte é pensamento dificil de suportar
ou sequer simplemente de pensar
tenho até a consciencia combalida

e não sei ja que faça, sinto-me e vejo-me já perdido
e não sei já que pense, sinto-me tão abatido
não percebo tal razão da vida, tão insolente
não entendo porque ta roubaram, tao repentinamente

e no sofrimento que felizmente não atravessaste
foi mais pobres e mais sós que nos deixaste
o pior de tudo foi a companhia que desta nos levaste

Mas se o que dizem é verdade
imortais sao aqueles impossiveis de esquecer
e da minha jamais sairão, por minha vontade
lé etermamente viverão, e isso é algo que nem tenho que prometer

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Aos avós

choro convulsivo e desabrido
Que as lágrimas não deixaste sair
triste sentimento de culpa ou apenas de sentir
até a memoria foge, em momento tão sentido

A cada meu suspiro, a cada meu pesar,
recordo-vos em vida
que a morte é pensamento dificil de suportar
ou sequer simplemente de pensar
tenho até a consciencia combalida.

e não sei que faça, sinto-me e vejo-me já perdido
e não sei que pense, sinto-me tão abatido
não percebo tal razão da vida, tão insolente
não entendo porque vos a roubaram, tao repentinamente

e no sofrimento que infelizmente atravessaram
foi mais pobres e mais sós que nos deixaram
o pior de tudo foi a companhia que desta nos a levaram
Mas se o que dizem é verdade
imortais são aqueles impossiveis de esquecer
e da minha memória jamais sairão, por minha vontade
lá etermamente viverão, e isso é algo que nem tenho de prometer
A vossa falta, é tão presente, que a promessa se torna realidade....