terça-feira, novembro 23, 2010

Faço em mil pedaços, o relogio de tempos certeiros
acabo com os minutos, as horas e os ponteiros
cOm seu inssessante tiquetaquear,

O tempo, de si, não pára e não o deixa esquecer
mais um segundo, que não oiço, que acaba agora de passar
mais um minuto, silencioso, a caminho de ensandecer

enfurecido, com o desrespeito, com a rebeldia,
perco a noção dos compassos, cesso o dia
tento de tudo... Mas desisto, e esqueço
num momento, sob a sua mestria, enlouqueço,

Sem que tivesse sequer desviado o olhar
ele passa, sem que nada faça, imponente o castigar
peço um momento, um curto intervalo que seja
mas o tempo não pára,céu azul não troveja

sábado, novembro 06, 2010

I can't speak the words I really want
still see you, still touch you, still mad...
give me another shot,
let the soft mystic touch of drink speak for me...

terça-feira, novembro 02, 2010




Talvez um dia consiga dizer mais do que te digo, sem ter que na realidade, nada te dizer, espero que entendas o meu equívoco...

segunda-feira, outubro 25, 2010

What a strange quiet sense...
give me one moment again,
let me try to refill an absence...
The glimmer void of my memories

domingo, outubro 17, 2010

Miloval jsem tento týden, jako žádná jiná. Zapomněl jsem čas a strávit hodiny, a tak je mi líto, že je téměř u konce a vrátit se do mého světa, takže tohle, tak nejbližší a nejlepší.


až krátce Portugalsko

sábado, outubro 16, 2010

The unfamiliar sweetest of tastes,
your mute monologue...your desire...
...Just undress me again

domingo, outubro 10, 2010

eu amo, um amor tão próprio, tão escondido e tímido
eu amo em segredo, mais que um todo, mais que o medo
solto-me, desprendido do cordel laço sinto-me quase voar
sinto ter esperança, prometo-me jamais desanimar

relembro-me de ti, numa tristeza quase surda
algo me lembrou que nunca te disse o que deveria
o que há muito tempo tive possibilidade de dizer, nem eu sabia

hei-de amanhã voltar a tocar-te, outra vez
pois creio conseguir partir a tua frieza
conseguir colorir a tua palidez

por hoje peço-te, acredita em mim, em nós
amanhã será um novo dia e eu com ele um novo ser
mais frívolo, mais forte, mais feliz, mais corajoso, assim terá de ser.
eu hei-de ainda que já não na altura certa dizer-te apenas que te adoro.

terça-feira, outubro 05, 2010

100 anos...Não chegam para uma verdadeira revolta

Comemoram-se hoje 100 anos de republica. 100 anos, onde aproximadamente 40 foram passados debaixo de uma ditadura. Onde possivelmente 70 desses 100 anos foram passados debaixo de crise económica, 60 desses 100 anos sobre crise politica, e certamente 98 desses 100 anos por crise de identidade, e resmunguice mas sem que nunca tenha partido do povo, qualquer decisão.
É uma republica, uma democracia...Não, não é. É um mero monopolismo e uma mesquinha oligarquia. Não são 100 anos de se comemoram hoje com alegria, e não serão certamente outros 100 que se hão-de comemorar daqui por mais cem anos, se nada for feito, se este povo descuidado e esquecido nada fizer, se continuar debaixo do medo e da preguiça, debaixo da enfadonha vontade, desta apatia, de ver passar, de os ver a cada dia dilapidar mais uma fatia, de um todo que diminui a cada momento.
Hoje eu não comemorarei 100 anos de república, comemorarei apenas a coragem que poucos há 100 anos tiveram de mudar as coisas, e desses 100 anos passados pouco mais há para comemorar.
É com tristeza que se constata, nunca ter sido feita uma evolução...Por culpa de muitos, por culpa de todos.

quarta-feira, setembro 15, 2010

Frase do dia

Depois de tanta dúvida, deixei de saber se fiquei com alguma restia de hipotese...
Contudo por vezes há quem nos consiga ver o erro ou erros que cometemos, já não é a primeira vez que é publicado algo do autor por estas bandas, mas desta vez a publicação é mais pessoal:
"As nossas dúvidas são traidoras e fazem-nos perder o
que, com frequência, poderíamos ganhar,
por simples medo de arriscar."
By William Shakespeare

quarta-feira, setembro 08, 2010

Dissertação da palavra...Amor

amor, palavra cujo sentido eloquente é de si...Sublime,
quando toda ela, escrita em tons de uma só cor
entenda-se...um uníssono sentimental, falado a uma só voz, tanto que ele exprime
agravado quando em vez, de magoa e quem sabe talvez, um trejeito de amargor...

Talvez, eu deve-se elucidar que estas, não são palavras de extremo conhecedor
Mas, tão somente apenas uma ligeira, e... Insegura "dissertação",
Voltando, portanto ao assunto, falava-vos...De amor
não possuindo este, forma física, visível... Atenção!
Não possuindo forma física, senão outra que não a tua, meu...amor
para mim o amor, também tem nome de pessoa, e confidencialmente
posso assegurar, que por vezes me segreda e se ri para mim...tão contente.
E eu posso garantir, que também o olho alegre em mim, sempre que o vejo, feliz
próximo, e, ainda mais, muito mais, quando me ouve, e quando fala..Adoro ouvir o que diz!

terça-feira, setembro 07, 2010

ópio da tristeza

Quero voltar a ser criança... Aquela, a mais inocente
longe daqui, quero por mais que tudo voltar a estar contente
quero ... ter um novo amigo
um que oiça mais do que, o que digo

Volto a olhar em redor, e nada mais enxergo senão problemas
paro um pouco para pensar, para deixar de escrever rimas ou poemas
quero-me distante, tão longe quanto possível,
sinto-me frustrado, retardado, triste, demasiado sensível

Estou tão só, tão largado à sorte, ou à falta dela
tão desolado, descuidado, mal-amado, sem rumo nem vela
eu bem tento correr atrás de um prejuízo que já não me pertence
um que não consigo reparar... Estou ...Aflito, estou triste, já nada me convence.

quarta-feira, agosto 11, 2010

não é, por muito que me digas, suficiente escutar-te
não me chega ficar especado, sem tempo, a olhar-te

e eu apenas sei que o tempo me vai fugindo...
um quilometro por cada indecisão,
uma milha a cada duvida minha, por cada, não questão
e deixo-me enredar numa dor só minha, vou cedendo
onde, o que penso ainda ser possível se vai perdendo
um sonho... que a cada segundo se vai diluindo.

na verdade não sei que te diga, sequer que deva fazer
tenho medo, mas mais ainda de te perder
eu... menti-te eu não te falei, porque julguei já te ter perdido
e não quero por força voltar a sofrer o mesmo, sinto-me já arrependido
de me sentir assim tão atado, e ao mesmo tempo tão atraído

às vezes nada parece ser suficiente...

segunda-feira, agosto 09, 2010

que tradução tão bem feita....

"O Amor

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de *dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar.."

Fernando Pessoa

quarta-feira, julho 21, 2010

Tento em vão sentir dor maior que aquela que sinto, na esperança futil que uma me faça esquecer da outra.
Tento que o sono chegue mais rápido, que o dia acabe mais depressa, que o tempo passe...E me largue deste minuto em que gelo, em que sufoco, e me bato, por ser tão insignificante, por ser tão minusculo, tão pequeno, por não ter, e também por não ser...Não há que possa fazer que me remedeie, não há o que me console.

Sinto-me como um (in)utensílio largado numa prateleira empoeirada, esquecido.


Desmonta-se a delicada paisagem, os sonhos as esperanças infundadas...Que aperto que sinto...Chega! Encontro-me só como nunca antes.

terça-feira, julho 13, 2010

sinto-me a entristecer
a tua ausência não me é saudável
nos dias que correm perdi-me do que hei-de fazer
a tua ausência torna-se insuportável...

sexta-feira, junho 18, 2010

José Saramago

Morreu neste triste dia,José Saramago, escritor, argumentista, jornalista, dramaturgo, contista, romancista e poeta português.


Passado, Presente, Futuro

Eu fui. Mas o que fui já me não lembra:
Mil camadas de pó disfarçam, véus,
Estes quarenta rostos desiguais.
Tão marcados de tempo e macaréus.

Eu sou. Mas o que sou tão pouco é:
Rã fugida do charco, que saltou,
E no salto que deu, quanto podia,
O ar dum outro mundo a rebentou.

Falta ver, se é que falta, o que serei:
Um rosto recomposto antes do fim,
Um canto de batráquio, mesmo rouco,
Uma vida que corra assim-assim.

José Saramago, in "Os Poemas Possíveis"


Aprendamos, Amor

Aprendamos, amor, com estes montes
Que, tão longe do mar, sabem o jeito
De banhar no azul dos horizontes.

Façamos o que é certo e de direito:
Dos desejos ocultos outras fontes
E desçamos ao mar do nosso leito.

José Saramago, in "Os Poemas Possíveis"

quarta-feira, junho 16, 2010

Toquei-te na mão e deixei-me escorregar por qualquer caminho...
aleatório, em forma circular ou rectilínea, num continuo...
fui agarrando com cuidado e carinho cada pedaço teu,
a cada ínfimo instante, a cada toque..
até que te segurei o braço, e elevei-o para lá do horizonte
parei por mais um instante, para te voltar a olhar
para me fixar no teu semblante,
ainda não estou em mim, ainda não consigo acreditar
serenei-me mais um pouco e obriguei o tempo parar...
passei a mão pela tua cara,
a bochecha rosada, a delicadeza a suavidade
a plenitude, a tua tão peculiar quietude
fui guardando para mim cada contorno
cada paço que os meus dedos fazem
um infinito de sensações, a cada movimento que faço
num registo estendido para la do seu extensível
e penso para comigo, que nunca ousei pensar ter-te aqui tão perto.

Ouço o eco, aborrecido de todas as manhãs
acaba-se o meu tempo que julguei ter parado.
é hora de acordar, por muito que me custe.
espera-me o mundo lá fora,
e eu guardo para mim que tu também me esperes...um dia

segunda-feira, junho 07, 2010

Nos dias solarengos de calor imenso
ouviam-se nas cordas de uma guitarra de toque extenso
estorias, de louvar, cantos de loucura e dor
encantos, musica mas tambem odio e amor

Sentia-se o possivel e o impossivel
O arrepiar que agua fria nos tras,
a briza que o vento sopra e tanto nos apraz
a rugosidade da pedra de xisto ebrio
e ate se sentia do ceu o azul...



ao ouvir: Jesu, Joy Of Man's Desiring
mas sem comparações de genialidade lol

quarta-feira, junho 02, 2010

terça-feira, maio 18, 2010

.....

esqueço a ira que me invade
que se acabou a restia que tinha de energia
sobra-me o tao habitual e malfadado cansaço
canso-me do amuo e do amaço
do que sei e do que faço

acho que nunca me senti tão perdido
se é que alguma vez hei-de me ter encontrado
dou-me por esquecido e não achado.
tenho pena de ter assim seguido

não posso já fugir, à responsabiliade
da atitude e do mal que faço
são parte da vida, e em particular
do aperto desta maldade

Em volta tudo tem a mesma cor, sem tom
sem relevo ou sombra, ou forma delineada
sem cheiro sequer aroma nem som
uma vida de como um copo esvaziada,
um inferno diferente, um jazigo, uma campa imaculada

morri ontem, mas amanha hei-de renascer!
como uma fenix, da cinza costuma fazer,
um novo ser que eu tanto preciso
mas o problema de qualquer fenix nada tem a ver com morrer
a pobre está queimada, do juizo....






quarta-feira, maio 12, 2010

O Livro dos Amantes

I

Glorifiquei-te no eterno.

Eterno dentro de mim

fora de mim perecível.

Para que desses um sentido

a uma sede indefinível.


Para que desses um nome

à exactidão do instante

do fruto que cai na terra

sempre perpendicular

à humidade onde fica.


E o que acontece durante

na rapidez da descida

é a explicação da vida.

Natália Correia

sábado, abril 24, 2010

tatuagem

Escrevo a tinta-da-china em papel
que não mais é senão, pele.
Escrevo para, não (te) esquecer
para me lembrares das angustias e do sofrer

escrevo em tom singelo, dourado
na pele que é decorada a tons de por do sol
quisesse eu ilustrar em ti o infinito,
a cada contorno, em cada passada
uma sobre a outra, a cada camada


"não te apoquentes, não te amargures"
digo-te no que tento que seja o meu timbre mais calmo
as marcas da memoria desaparecem mais depressa
que as que dolorosamente me vais deixando
ao invés de eu te as decalcar

e lá vez em quando me jogo às contas mal feitas
o tempo que passa, e me deixa
quanto tempo será, muito tempo?
existirá mesmo, muito tempo?

Acabei a tatuagem, tatuei no cérebro
"tempo não é mais do que aquilo de dele fazemos"
mas ainda assim volta a minha duvida,
quanto tempo é muito tempo?...

é tarde, e à memoria já pouco ocorre
queria algo sublime, com que te deleitar
mas as mãos fidedignamente obedecem
ao entorpecer da mente, que se apega cada vez mais ao cansaço

quinta-feira, abril 22, 2010

hoje nada me serena e já chorei um diluvio...
mas a tempestestade parece não ter fim
um turbilhão de pensamentos
que corre de cá para lá...
uma infelicidade extrema,
e o incomodo, de não saber estar.

quero rebentar como que um vulcão
expelir todo o mal que trago cá dentro...
mas talvez por percausão de não ficar vazio
vou enchendo para lá de cheio.

hoje estou fulo e furioso
estou magoado e deslavado.
Apetecia-me gritar com tudo e com todos
pedir justificações a quem, e quem não as tem
tou com o desejo irresistivel de virar tudo do avesso
por tudo o que vejo de patas p'ro ar...

Nesta noite parece que o mundo irá mudar
mas ainda assim eu continuarei de mim esquecido.
errantemente... continuarei igual
teimoso e insignificante na minha pequenhês

Amanhã um novo dia começará,
mas não para todos, tal como o hoje acabará.
Este meu pequeno mundo mingou encolheu,
e aperta-me para onde quer que vá
Sinto-me sufocar, sinto-me sem falta de ar

pensei que na solidão, no silencio
pudesse por momento que fosse, repousar
mas hoje... não há onde possa descansar
estou ferido, e ja meio moribundo
e sem dramatismos, gostaria de chegar a um fim
mas não à porto que me receba e continuo à deriva.

sexta-feira, abril 02, 2010

o ultimo raio de sol


Diz-me porque és tu assim, tão fugaz?
Como a paciencia de quem na espera já não se apraz.
Porque te evaporas nas vielas?
Porque te escondes atrás delas?

Eu não sei, e nem consigo explicar
O que hei-de em ti ainda assim contemplar
Eu não sei, e nem consigo explicar
como ainda te procuro, nos minutos em que eu mesmo me perco a pensar...

a tua doçura, melosa e gratificante
tem em si, algo sublime e empolgante
um deleite que me derrete...

fazes-me lembrar talvez os dias solarengos
de calma banhada a prazer, talvez a tua quietude
me recorde daquela que eu sempre desejei ter

mas ainda assim não obstante
escondeste no meio do cinzento
de um qualquer dia nublado
tornaste invisivel aos demais
...meu ultimo raio de sol...

domingo, março 21, 2010

dia mundial da poesia

Wiki

Liberdade
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.

O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
By: Fernando Pessoa

ALEGRÍA
hoja verde
caída en la ventana,
minúscula
claridad
recién nacida,
elefante sonoro,
deslumbrante
moneda,
a veces
ráfaga quebradiza,
pero
más bien
pan permanente,
esperanza cumplida,
deber desarrollado.
Te desdeñé, alegría.
Fui mal aconsejado.
La luna
me llevó por sus caminos.
Los antiguos poetas
me prestaron anteojos
y junto a cada cosa
un nimbo oscuro
puse,
sobre la flor una corona negra,
sobre la boca amada
un triste beso.
Aún es temprano.
Déjame arrepentirme.
Pensé que solamente
si quemaba
mi corazón
la zarza del tormento,
si mojaba la lluvia
mi vestido
en la comarca cárdena del luto,
si cerraba
los ojos a la rosa
y tocaba la herida,
si compartía todos los dolores,
yo ayudaba a los hombres.
No fui justo.
Equivoqué mis pasos
y hoy te llamo, alegría.

Como la tierra
eres
necesaria.

Como el fuego
sustentas
los hogares.

Como el pan
eres pura.

Como el agua de un río
eres sonora.

Como una abeja
repartes miel volando.

Alegría,
fui un joven taciturno,
hallé tu cabellera
escandalosa.

No era verdad, lo supe
cuando en mi pecho
desató su cascada.

Hoy, alegría,
encontrada en la calle,
lejos de todo libro,
acompáñame:

contigo
quiero ir de casa en casa,
quiero ir de pueblo en pueblo,
de bandera en bandera.
No eres para mí solo.
A las islas iremos,
a los mares.
A las minas iremos,
a los bosques.
No sólo leñadores solitarios,
pobres lavanderas
o erizados, augustos
picapedreros,
me van a recibir con tus racimos,
sino los congregados,
los reunidos,
los sindicatos de mar o madera,
los valientes muchachos
en su lucha.

Contigo por el mundo!
Con mi canto!
Con el vuelo entreabierto
de la estrella,
y con el regocijo
de la espuma!

Voy a cumplir con todos
porque debo
a todos mi alegría.

No se sorprenda nadie porque quiero
entregar a los hombres
los dones de la tierra,
porque aprendí luchando
que es mi deber terrestre
propagar la alegría.
Y cumplo mi destino con mi canto.
by: Pablo Neruda

A ceux qui sont petits
Est-ce ma faute à moi si vous n'êtes pas grands ?
Vous aimez les hiboux, les fouines, les tyrans,
Le mistral, le simoun, l'écueil, la lune rousse ;
Vous êtes Myrmidon que son néant courrouce ;
Hélas ! l'envie en vous creuse son puits sans fond,
Et je vous plains. Le plomb de votre style fond
Et coule sur les noms que dore un peu de gloire,
Et, tout en répandant sa triste lave noire,
Tâche d'être cuisant et ne peut qu'être lourd.
Tortueux, vous rampez après tout ce qui court ;
Votre oeil furieux suit les grands aigles véloces.
Vous reprochez leur taille et leur ombre aux colosses ;
On dit de vous : - Pygmée essaya, mais ne put.-
Qui haïra Chéops si ce n'est Lilliput ?
Le Parthénon vous blesse avec ses fiers pilastres ;
Vous êtes malheureux de la beauté des astres ;
Vous trouvez l'océan trop clair, trop noir, trop bleu ;
Vous détestez le ciel parce qu'il montre Dieu ;
Vous êtes mécontents que tout soit quelque chose ;
Hélas, vous n'êtes rien. Vous souffrez de la rose,
Du cygne, du printemps pas assez pluvieux.
Et ce qui rit vous mord. Vous êtes envieux
De voir voler la mouche et de voir le ver luire.
Dans votre jalousie acharnée à détruire
Vous comprenez quiconque aime, quiconque a foi,
Et même vous avez de la place pour moi !
Un brin d'herbe vous fait grincer s'il vous dépasse ;
Vous avez pour le monde auguste, pour l'espace,
Pour tout ce qu'on voit croître, éclairer, réchauffer,
L'infâme embrassement qui voudrait étouffer.
Vous avez juste autant de pitié que le glaive.
En regardant un champ vous maudissez la sève ;
L'arbre vous plaît à l'heure où la hache le fend ;
Vous avez quelque chose en vous qui vous défend
D'être bons, et la rage est votre rêverie.
Votre âme a froid par où la nôtre est attendrie ;
Vous avez la nausée où nous sentons l'aimant ;
Vous êtes monstrueux tout naturellement.
Vous grondez quand l'oiseau chante sous les grands ormes.
Quand la fleur, près de vous qui vous sentez difformes,
Est belle, vous croyez qu'elle le fait exprès.
Quel souffle vous auriez si l'étoile était près !
Vous croyez qu'en brillant la lumière vous blâme ;
Vous vous imaginez, en voyant une femme,
Que c'est pour vous narguer qu'elle prend un amant,
Et que le mois de mai vous verse méchamment
Son urne de rayons et d'encens sur la tête ;
Il vous semble qu'alors que les bois sont en fête,
Que l'herbe est embaumée et que les prés sont doux,
Heureux, frais, parfumés, charmants, c'est contre vous.
Vous criez : au secours ! quand le soleil se lève.
Vous exécrez sans but, sans choix, sans fin, sans trêve,
Sans effort, par instinct, pour mentir, pour trahir ;
Ce n'est pas un travail pour vous de tout haïr,
Fourmis, vous abhorrez l'immensité sans peine.
C'est votre joie impie, âcre, cynique, obscène.
Et vous souffrez. Car rien, hélas, n'est châtié
Autant que l'avorton, géant d'inimitié !
Si l'oeil pouvait plonger sous la voûte chétive
De votre crâne étroit qu'un instinct vil captive,
On y verrait l'énorme horizon de la nuit ;
Vous êtes ce qui bave, ignore, insulte et nuit ;
La montagne du mal est dans votre âme naine.

Plus le coeur est petit, plus il y tient de haine.
by: Victor Hugo

Der Erlkönig

Wer reitet so spät durch Nacht und Wind?
Es ist der Vater mit seinem Kind;
Er hat den Knaben wohl in dem Arm,
Er faßt ihn sicher, er hält ihn warm.

"Mein Sohn, was birgst du so bang dein Gesicht?" —
"Siehst, Vater, du den Erlkönig nicht?
Den Erlenkönig mit Kron und Schweif?" —
"Mein Sohn, es ist ein Nebelstreif."

"Du liebes Kind, komm, geh mit mir!
Gar schöne Spiele spiel' ich mit dir;
Manch' bunte Blumen sind an dem Strand,
Meine Mutter hat manch gülden Gewand." —

"Mein Vater, mein Vater, und hörest du nicht,
Was Erlenkönig mir leise verspricht?" —
"Sei ruhig, bleibe ruhig, mein Kind;
In dürren Blättern säuselt der Wind." —

"Willst, feiner Knabe, du mit mir gehen?
Meine Töchter sollen dich warten schön;
Meine Töchter führen den nächtlichen Reihn,
Und wiegen und tanzen und singen dich ein." —

"Mein Vater, mein Vater, und siehst du nicht dort
Erlkönigs Töchter am düstern Ort?" —
"Mein Sohn, mein Sohn, ich seh es genau:
Es scheinen die alten Weiden so grau. —"

"Ich liebe dich, mich reizt deine schöne Gestalt;
Und bist du nicht willig, so brauch ich Gewalt." —
"Mein Vater, mein Vater, jetzt faßt er mich an!
Erlkönig hat mir ein Leids getan!" —

Dem Vater grauset's, er reitet geschwind,
Er hält in Armen das ächzende Kind,
Erreicht den Hof mit Müh' und Not;
In seinen Armen das Kind war tot.


Amor e'l cor gentil
Corazón y el Amor son una cosa
sola y gentil -el sabio lo ha dictado.
Ninguno sin el otro ha palpitado,
que la razón no puede estar ociosa.

Falla natura cuando está amorosa,
y Amor o el Corazón por un cuidado;
transcurra el tiempo breve o dilatado,
lo mismo en inquietud que si reposa.

Si a la Bella se suma la Discreta,
y nuestra vista bebe su dulzura
colmando el corazón de ansia secreta,

del Amor al asedio que perdura
pidiendo estadio la Beldad nos reta
como bravo adalid en su armadura.
by: Dante Alighieri


A Fairy Song

Over hill, over dale,
Thorough bush, thorough brier,
Over park, over pale,
Thorough flood, thorough fire!
I do wander everywhere,
Swifter than the moon's sphere;
And I serve the Fairy Queen,
To dew her orbs upon the green;
The cowslips tall her pensioners be;
In their gold coats spots you see;
Those be rubies, fairy favours;
In those freckles live their savours;
I must go seek some dewdrops here,
And hang a pearl in every cowslip's ear.
by: William Shakespeare

a poem
How easy it is to live with You, O Lord.
How easy to believe in You.
When my spirit is overwhelmed within me,
When even the keenest see no further than the night,
And know not what to do tomorrow,
You bestow on me the certitude
That You exist and are mindful of me,
That all the paths of righteousness are not barred.
As I ascend in to the hill of earthly glory,
I turn back and gaze, astonished, on the road
That led me here beyond despair,
Where I too may reflect Your radiance upon mankind.
All that I may reflect, You shall accord me,
And appoint others where I shall fail.
by: Alexander Solzhenitsyn
para este foi complicado encontrar outro, sequer titulo ou versão original

haiku
Downtown
the smells of things…
summer moon
by: Nozawa Bonchō


farewell
Delicate line between heaven and earth...
The calm of the ages,
all the world's worth.
Such minuscule measure,
while we think it so grand...
Just five specks of smallness,
This soft quiet land.
So frail and so fleeting,
in the end you will see
Simple dreams were Horatio's philosophy.

For all the truth,
all creation,
all secrets of yore
Can be told in an instant,
by then they're no more.

Ah, The Unexplainable
All worries unsettled,
heartache unresolved...
All questions unanswered,
with death, shall be solved.

We already teeter,
this sheer cliff so high.
When we fall to corruption,
insecurities die.

To end is to start;
to surrender is to know.

Despair and depression,
together they grow.
Hope shall meet hopeless
when there's nowhere to go.
by: Misao Fujimura

death
Show me the person who doesn't die;
death remains impartial.
I recall a towering man
who is now a pile of dust-
the World Below knows no dawn
plants enjoy another spring
but those who visit this sorrowful place
the pine wind slays with grief.
by: Fenggan


Fim
Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.
by: Mário de Sá Carneiro

Espanha - Pablo Neruda
França - V. Hugo
Alemanha - Goethe
Italia - Dante
UK - William Shakespeare
Russia - Aleksandr Solzhenitsyn
Japão Haiku - Nozawa Bonchō
Japão Poema - Misao Fujimura
China - Fenggan

segunda-feira, março 15, 2010

Não vejo, senão caminho à minha frente.
Perco o destino... Apenas caminhos por onde não vou,
sequer sei se quero entrar.

Consigo ver o final de todo e qualquer trilho
e ainda assim não sigo o que quero encontrar
Não existem brumas, nem ceu escuro,
não existe sequer o oculto ou o mistissismo desmedido.

Apavoro-me no o errar do passo,
o perder-me na corrida,
o cansar-me demasiado depressa,
ainda a ideia de poder desanimar,
o cair sem me conseguir voltar a levantar.
A corrida é longa e eu ainda não aprendi a respirar

terça-feira, janeiro 26, 2010

7

Eu não sou eu nem sou o outro,
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o outro.

By Mário de Sá Carneiro

quinta-feira, janeiro 21, 2010

implosão

farto o que sou, o que faço, o que vejo, o que oiço
tão farto que encho esta e ainda outra realidade.
grito para comigo o quão insuportavel tudo se tornou....ou me tornei.

Não caibo mais em mim,
nestas paredes ocas
neste vazio transbordante

Uma nova identidade é requerida é demandada
um novo ser, como se o ontem não tivesse existido
e ainda assim o amanha fosse inadiavel.


Uma nova maneira de estar
se quiser ser, a um novo despertar
um abandonar sem deixar saudades

Destruindo para isso a ideia que alguma vez se existiu
esquecendo os habitos e gostos
"a new reborn, demanding a new dawn"

Alguma vez acontecerá? ...