quarta-feira, junho 16, 2010

Toquei-te na mão e deixei-me escorregar por qualquer caminho...
aleatório, em forma circular ou rectilínea, num continuo...
fui agarrando com cuidado e carinho cada pedaço teu,
a cada ínfimo instante, a cada toque..
até que te segurei o braço, e elevei-o para lá do horizonte
parei por mais um instante, para te voltar a olhar
para me fixar no teu semblante,
ainda não estou em mim, ainda não consigo acreditar
serenei-me mais um pouco e obriguei o tempo parar...
passei a mão pela tua cara,
a bochecha rosada, a delicadeza a suavidade
a plenitude, a tua tão peculiar quietude
fui guardando para mim cada contorno
cada paço que os meus dedos fazem
um infinito de sensações, a cada movimento que faço
num registo estendido para la do seu extensível
e penso para comigo, que nunca ousei pensar ter-te aqui tão perto.

Ouço o eco, aborrecido de todas as manhãs
acaba-se o meu tempo que julguei ter parado.
é hora de acordar, por muito que me custe.
espera-me o mundo lá fora,
e eu guardo para mim que tu também me esperes...um dia

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