segunda-feira, dezembro 15, 2008

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Quando uma ideia passa muito tempo na cabeça de uma pessoa
Ou será uma grande ideia, ou desgraçado aquele a quem atraiçoa
De qualquer forma, se uma ideia fica apenas em pensamento
Corre o risco de se tornar tormento,
Corre o risco de ser perder a qualquer minuto no tempo
E mesmo na própria mente, ela vai desvanecendo
Vai-se a pouco e pouco perdendo.

Mas eu não pretendo equivocar, sequer perder ou esquecer
Não a ideia que na mente está alojada
Mas a pessoa a quem representa
Que o pensamento já nem me alenta
A cada instante penso nela
E como adivinham, não há ideia mais singela

Mas com tanto ocupado, falta-me espaço para a reflexão
Sim, que nela penso noite e dia,
No que dizer, no que deveria ter dito ou feito, no que deveria…
Mas não vem à ideia, o vislumbre da solução
Por outra, até vem, mas…tudo me parece fútil
Tudo me parece lamechas, triste e até inútil

É falta de outra coisa, é falta de coragem
Não sei se tenho mais receio do não,
ou se da positiva afirmação…
Circulo em pensamento, por todo o lado sem paragem
Passo mil vezes as ideias pela cabeça, e todas têm defeito
Tudo deturpo, já nada é perfeito
Nem sei se há pergunta a fazer
Até a pergunta me soa a pouco pertinente
E muito, mas mesmo muito sinceramente
Não sei onde estou nesta historia, não sei o que fazer.

A certeza para já é só uma, não me sais do pensamento.
E também não pretendo sequer que o abandones,
Mas não desejo, que passes a tormento.
Eu adoro-te realmente, só não to consigo expressar,
Quer por palavras, sequer por gestos, não o consigo explanar
Mas é também certo que tenho que fazer algo que já deveria ter feito
A pergunta a fazer, até é simples, e nem precisa sequer ser igual
“Queres espantar a penumbra e a solidão que trago ao peito?”
Basta que a oiças, que lhe respondas, e será encontrado o estado final
Solução irreversível, quer para o bem, quer para o mal

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